Ora, Balas! (Miniconto)


Ora, Balas! (Miniconto)

 

Ora, balas!

Minha mãe sempre dizia para não aceitar balas de estranhos. Eu morria de medo, assustado com o que poderia acontecer. Dizia-se que haviam drogas escondidas nas balas e que eu poderia até morrer!

balasO tempo foi passando e as palavras de minha mãe ficaram ultrapassada. “Que bobagem”, pensava eu…

Como podia eu ter sido tão infantil e confiado nela?

Recentemente, num shopping, no interior de um restaurante estranho cujo nome lembrava um personagem de histórias em quadrinhos, alguém havia esquecido “aquelas balinhas” que os funcionários dão de troco em cima de uma das mesas. Eu peguei-as… levei as balas comigo inocentemente, completamente esquecido dos sábios conselhos de mamãe.

Mais tarde, em casa, chupei uma bala e ofereci o restante delas para toda a família, que, confiando em mim, as aceitaram.

No dia seguinte, as manchetes diziam: “Família inteira tem morte relacionada às drogas”.

E na minha lápide está escrito: “Morto por uma bala perdida”.

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